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Saturday, December 31, 2005



HAPPY NEW YEAR AND LOTS OF PEACE
TO ALL PEOPLE AROUND THE WORLD!

Filosofia de pára-choque

Ontem, eu sonhava. Hoje, eu nem durmo.
(Versão original: hontem eu sonhava hoje eu ném durmo.)

Três de cada quatro brasileiros correspondem a 75 % da população.

Egoísta: pessoa desprezível que se preocupa mais com ela do que comigo.

É mais fácil uma agulha entrar no fundo de um camelo do que um rico entrar no reino dos céus.

Quando alguém elogia uma grande virtude de outrem é porque essa virtude é de grande utilidade para quem elogia. (Versão original de Aristóteles)

Eleição: processo democrático de escolha do governante em que o candidato pede dinheiro aos ricos para comprar o voto dos pobres e promete a ambos que vai proteger um do outro.

O pensamento é uma idéia em trânsito. (Pitágoras, aquele do teorema.)

A menor distância entre dois cavalos mede-se com a égua.

Morte aos fanáticos!

Evite as frases feitas como o diabo foge da cruz.

Não se deve generalizar. Jamais!

Lá na minha terra não existe esse negócio de preconceito: aquela gentinha baixa conhece o lugar dela.

Se preocupe não. Essa história de perspectiva depende do ponto de vista.

Há dois tipos de casamento: os que terminam bem e os que duram a vida toda.

Sei não. Eu continuo com as minhas dúvidas sobre o cepticismo. O que há de mais detestável no mundo é a alienação. Mas eu não estou nem aí...

Só há uma coisa que eu não admito de jeito nenhum: a intolerância.

Minha mulher anda inventando que eu sou muito intrometido porque eu vivo mexendo nas coisas dela. Pelo menos foi isso que ela escreveu no diário dela.

Anatomia é que nem baby-doll. Só fica bem num corpinho bonito.

Observe a realidade mas não seja pessimista. Não vai adiantar nada.

Se Thomas Edison não tivesse inventado a lâmpada elétrica ainda hoje estaríamos vendo TV numa sala escura ou à luz de velas.

Tenha sempre em mente que o dinheiro não é tudo. Tem também a fome, a miséria, a doença, a roubalheira...

Fanático: sujeito que não muda nem de idéia nem de assunto.

Filhinho do papai é a puta que o pariu !!!

Não importa se eu estou dirigindo bem ou mal. Vai ligar pro 0800? Foda-se! O carro é meu!

Pode até ser que esse teu Jesus te ame, mas eu, NÃO!!!

Noventa e oito por cento da beleza da mulher sai com água e sabão, um por cento sai com detergente e um por cento não sai de jeito nenhum.

Quer evitar filhos? Só transe com a cunhada. Os que nascerem serão sobrinhos.

As duas coisas que mais prejudicam a memória são sexo e... e... (Chi! Esqueci a outra!)

A ciência estatística não erra jamais: se você puser os pés numa bacia de gelo e a cabeça no forno a temperatura média será bastante confortável.

Sugiro que o senhor não me dirija mais a palavra dessa maneira porque eu sou um pessoa muito educada, PÔRRA!!!

É uma pessoa muito modesta com muitas razões para continuar sendo modesta.

Isto aqui é que nem o World Trade Center: entra cada avião!!!

Monday, December 26, 2005


Baleias não me emocionam

Hoje quero falar de gente e de bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pingüins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona.
Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes e gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento.
Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade.
Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma emoção.
Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração.
Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas.
Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência?
Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.

Lya Luft - escritora

Saturday, December 24, 2005


A VIDA É CURTA, CURTA A VIDA

Aprendi que peixinhos dourados não gostam de gelatina.
(5 anos)
Aprendi que não dá para esconder brócolis no copo de leite.
(6 anos)
Aprendi que meu pai pode dizer um monte de palavras
que eu não posso. (8 anos)
Aprendi que minha professora sempre me chama
quando eu não sei a resposta. (9 anos)
Aprendi que os meus melhores amigos são os que sempre me metem em confusão. (11 anos) Aprendi que, se tenho problemas na escola, tenho mais, ainda, em casa. (12 anos)
Aprendi que quando meu quarto fica do jeito que quero, minha mãe manda eu arrumá-lo.
(13 anos)
Aprendi que não se deve descarregar suas frustrações no seu irmão menor, porque seu pai tem frustrações maiores e mão mais pesada. (15 anos)
Aprendi que nunca devo elogiar a comida de minha mãe, quando estou comendo alguma coisa que minha mulher preparou. (25 anos)
Aprendi que se pode fazer, num instante, algo que vai lhe dar dor de cabeça a vida toda.
(29 anos)
Aprendi que quando minha mulher e eu temos, finalmente, uma noite sem as crianças, passamos a maior parte do tempo falando delas. (35 anos)
Aprendi que casais que não têm filhos, sabem melhor como você deve educar os seus. (37 anos) Aprendi que é mais fácil fazer amigos do que se livrar deles. (40 anos)
Aprendi que mulheres gostam de ganhar flores, especialmente sem nenhum motivo. (42 anos) Não espere chegar nesta idade para reconhecer que FLORES para quem se AMA faz bem, de vez e sempre!
Aprendi que não cometo muitos erros com a boca fechada. (44 anos)
Aprendi que existem duas coisas essenciais para um casamento feliz: contas bancárias e banheiros separados. (44 anos)
Aprendi que a época que preciso, realmente, de férias é justamente quando acabei de voltar delas. (45 anos)
Aprendi que você sabe que sua esposa o ama, quando sobram dois bolinhos e ela pega o menor. (46 anos)
Aprendi que nunca se conhece bem os amigos, até que se tire férias com eles. (46 anos)
Aprendi que casar por dinheiro é a maneira mais difícil de conseguí-lo. (47 anos)
Aprendi que você pode fazer alguém ganhar o dia, simplesmente, mandando-lhe um pequeno cartão. (48 anos)
Aprendi que a qualidade de serviço de um hotel é diretamente proporcional à espessura das toalhas. (49 anos)
Aprendi que crianças e avós são aliados naturais. (50 anos)
Aprendi que quando chego atrasado ao trabalho, meu patrão chega cedo. (51 anos)
Aprendi que o objeto mais importante de um escritório é a lata de lixo. (54 anos)
Aprendi que é legal curtir o sucesso, mas não se deve acreditar muito nele. (57 anos)
Aprendi que não posso mudar o que passou, mas posso deixar pra lá. (63 anos)
Aprendi que a maioria das coisas com que me preocupo nunca acontecem. (64 anos)
Aprendi que todas as pessoas que dizem que ¨dinheiro não é tudo¨, geralmente, tem muito.
(66 anos)
Aprendi que se você espera se aposentar para começar a viver, esperou tempo demais.
(67 anos)
Aprendi que nunca se deve ir para cama sem resolver uma briga. (71 anos)
Aprendi que quando as coisas vão mal, eu não tenho que ir com elas. (72 anos)
Aprendi que amei menos do que deveria. (88 anos)
Aprendi que tenho muito a aprender. (90 anos)

Friday, December 23, 2005


Radio Sorocaba

Essa aconteceu na rádio lá de Sorocaba!
(Rádio Comunitária 97,1 FM de Sorocaba)

Locutor: Quem ligar agora e fizer uma frase com uma palavra que não exista no dicionário ganha duas entradas para o cinema. Alô quem é!
Ouvinte: Sergio Martinez, do Jardim Magnólia.
Locutor: Olá Sergio... Já conhece a brincadeira? Qual a sua palavra?
Ouvinte: Ah! A palavra é vaice!
Locutor: Vaice? Como se escreve?
Ouvinte: V - A - I - C - E
Locutor: Espera um pouco... deixa eu consultar o dicionário... É! Realmente esta palavra não existe. Agora faça uma frase com essa palavra e se a frase fizer sentido e descobrirmos o que significa a palavra você ganha!
Ouvinte: Ok, lá vai.... Vaice foder! - e nesse momento desliga o telefone.
Locutor: Que é isso pessoal! Vamos colaborar... afinal existem crianças ouvindo...
Vamos tentar outra ligação. Alo! Quem é?
Ouvinte: Joselito, do Perobal!
Locutor: Olá Joselito... já conhece a brincadeira? Qual é a sua palavra?
Ouvinte: - Eudi
Locutor: Eudi? Como se escreve?
Ouvinte: e - u - d - i
Locutor: Espera um pouco... deixa eu consultar o dicionário... Deixa eu ver.... Deixa eu ver... eudesmano... eudesmol...eudésmia... eudiapneustia... eudiapnêustico...
É! Realmente esta palavra não existe.
Agora faça uma frase com essa palavra e se a frase fizer sentido e descobrirmos o que significa a palavra você ganha!
Ouvinte: Ok, lá vai... Sou eudi novo e vaice foder!

Wednesday, December 21, 2005

O JEITO DELES


Martha Medeiros
15 de março de 2004

O que é que faz a gente se apaixonar por alguém? Mistério misterioso.
Não é só porque ele é esportista, não é só porque ela é linda, pois há esportistas sem cérebro e lindas idem, e você, que tem um, não vai querer saber de descerebrados.
Mas também não basta ser inteligente, por mais que a inteligência esteja bem cotada no mercado. Tem que ser inteligente e... algo mais.
O que é este algo mais? Mistério decifrado: é o jeito.
A gente se apaixona pelo jeito da pessoa. Não é porque ele cita Camões, não é porque ela tem olhos azuis: é o jeito dele de dizer versos em voz alta como se ele mesmo os tivesse escrito pra nós; é o jeito dela de piscar demorado seus lindos olhos azuis, como se estivesse em câmera lenta. O jeito de caminhar. O jeito de usar a camisa pra fora das calças. O jeito de passar a mão no cabelo. O jeito de suspirar no final das frases. O jeito de beijar. O jeito de sorrir. Vá tentar explicar isso.
Pelo meu primeiro namorado, me apaixonei porque ele tinha um jeito de estar nas festas parecendo que não estava, era como se só eu o estivesse enxergando. O segundo namorado me fisgou porque tinha um jeito de morder palitos de fósforo que me deixava louca – ok, pode rir. Ele era um cara sofisticado, e por isso mesmo eu vibrava quando baixava nele um caminhoneiro.
O terceiro namorado tinha um jeito de olhar que parecia que despia a gente: não as roupas da gente, mas a alma da gente. Logo vi que eu jamais conseguiria esconder algum segredo dele, era como se ele me conhecesse antes mesmo de eu nascer. Por precaução, resolvi casar com o sujeito e mantê-lo por perto.
E teve aqueles que não viraram namorados também por causa do jeito: do jeito vulgar de falar, do jeito de rir – sempre alto demais e por coisas totalmente sem graça –, do jeito rude de tratar os garçons, do jeito mauricinho de se vestir: nunca um desleixo, sempre engomado e perfumado, até na beira da praia.
Nenhum defeito nisso. Pode até ser que eu tenha perdido os caras mais sensacionais do universo. Mas o cara mais sensacional do universo e a mulher mais fantástica do planeta nunca irão conquistar você, a não ser que tenham um jeito de ser que você não consiga explicar.
Porque esses jeitos que nos encantam não se explicam mesmo.

Monday, December 19, 2005

Crônica





POR TRÁS DAS PALAVRAS

Martha Medeiros
20 de março de 2000

Fui absolutamente rendida pelo poder das relações virtuais. Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais
ter visto a pessoa. As palavras escritas no computador podem muito.
Mas nem sempre enxergam a verdade.

São sete horas de uma manhã chuvosa. Você não dormiu bem à noite. Põe pra tocar um som instrumental que deixa suas emoções à flor da pele. Vai para o computador e começa a escrever para alguém especial as coisas mais íntimas que lhe passam no coração. Chora. Escreve.
Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.

São onze horas da noite deste mesmo dia. O destinatário da sua mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri muito, rola a maior sonzeira. Ele pega uma cerveja e dá uma escapada até o computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta... sozinha demais... dividir o que sinto..." Papo brabo. Responderá amanhã. Deleta.

Alguém pode escrever com raiva, escrever com dor, escrever com ironia, escrever com dificuldade, escrever debochando, escrever apressado, escrever na obrigação, escrever com segundas intenções. Nada disso chegará no outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Será preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível poderá ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, faltou um tom de voz.

Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém mas a falta de sintonia lhe vem machucando, pode escrever "não quero mais te ver". Uma mesma frase e duas mensagens diferentes. Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição.
Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.

Sonhos... sonhos


Sonho feminino
um deslumbrante vestido tomara que caia,
uma calcinha tomara que tirem,
um sutiã tomara que sustente,
um absorvente tomara que não vase,
uma meia tomara que não desfie,
uma celulite tomara que não percebam,
um salto alto tomara que eu não caia,
um novo namorado tomara que me ligue!

Friday, December 16, 2005

O valor do tempo


Para vc perceber o valor de "1 ano",
pergunte a um estudante que repetiu o ano letivo.

Para vc perceber o valor de "1 mês",
pergunte para uma mãe que teve seu bebê prematuramente.

Para vc perceber o valor de "1 semana",
pergunte a um editor de um jornal semanal.

Para vc perceber o valor de "1 hora",
pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.

Para vc perceber o valor de "1 minuto",
pergunte a uma pessoa que perdeu um trem.

Para vc perceber o valor de "1 segundo",
pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.

Para vc perceber o valor de "1 milésimo de segundo",
pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma olimpíada.

Thursday, December 15, 2005


CHAT — o princípio do caos


Um nome. Um Nick.
Um pique. Um Click.
Um Oi. Qual sua idade?
Feita a amizade.

Um Clik. Caiu a conexão.
A frustração.
Reconexão. Procura.
Confusão? Cadê o nick?
Mais um click.
Encontro. Satisfação.

Uma janela. Poucas palavras.
Muitas sensações.
Verdades ou ilusões?
Desprendimento. Confiança.
Daí a segurança.

Mais um click. Intenção.
Outra janela. Busca.
Dispersão.
Interesse. Mais um click.
Reconexão.

Feeling. Desvio e Mel.
Passamos ao Private Channel.
Reconexão. Feita a confusão.
Atração pouco usual.
Desejo virtual.

Entrega, sensação,
Busca vital.
Sentimento digital.
Afinidade.
Não interessa mais a idade.
Sensação, tensão, ansiedade.
Carência ou necessidade.

Estranha forma de relação.
Medo e confusão.
Loucura total.
Tesão virtual.

Não mais cartões, cartas,
Ou sedex.
Agora em FULL DUPLEX.
Pensamentos, dispersão. Saudade.
Toma-se uma necessidade.

Noite fria. Cadeira Quente.
Monitor brilhante.
CHAT Invited. Reconexão.
Coração Palpitante.

A Coisa acontece.
Nas esquinas virtuais.
Nas salas vazias ou não.
A cada dez minutos,
A reconexão.

A dependência do meio.
O stress e a irritação.
No encontro. Relaxamento.
Esquecimento. Entrega e emoção.

Namoro? Relação.
Regada a beeps e bitmaps.
De Vinhos e FLOR.
Será que pode ser amor?

Um surto, um meio,
Uma nova forma de vaidade.
Humana necessidade.

Muitos intermediários.
Muitos pontos contrários.
Encontros diários.
Encurtando as distâncias.
Simulando o contato.
Trocando retrato.
Imagem e ação.

Indecisão. Dúvida.
Mentiras e Verdades.
Jogos de Vaidades.
Persuasão Final.
Sedução Digital.

Cheque Mate.
Loucura total.
Envolvimento Fatal.
Afinidade, a emoção em cor.
A distância. A contradição.
Do meio.
Mudando o status.
De objeto desejado.
A objeto amado.

De ícones, clicks, beeps,
De imagens de vinho e flor.
A dura constatação.
Da Possibilidade do Amor.


Alex Ribeiro
Poema do livro: "Primeira Antologia dos Poetas Internautas", Blocos, 1997, RJ

Wednesday, December 14, 2005

Julio Escobar - Poeta



AMOR Y EMPACHO
Julio Escobar
No existen dos razones más urgentes
en esta vida gris y acoquinada
que los pechos erectos y turgentes
de una mujer que tiende su celada.
Ahí quiero caer yo de primero,
en esa que es mi trampa preferida,
para quedarme solo y prisionero
pero por todo el resto de mi vida
Mujer, quiero en tus redes enredarme
para que así tu puedas devorarme
igual que la Mantís devora al macho
Y que después te pase, por golosa,
que al comerte mi presa más jugosa
te duere nueve meses el empacho....!

Monday, December 12, 2005

Poema de Joan Manuel Serrat


Llegar a Viejo
Joan Manuel Serrat
Si se llevasen el miedo,
Y nos dejasen lo bailado
Para enfrentar el presente.
Si se llegase entrenado
Y con animo suficiente.

Y despues de darlo todo,
En justa correspondencia,
Todo estuviese pagado
Y el carnet de jubilado
Abriese todas las puertas.
Quizas llegar a viejo
Seria mas llevadero,
Mas comfortable,
Mas duradero.

Si el ayer no se olvidase
tan aprisa.
Si tuviesen mas cuidado
en donde pisan.

Si se viviese entre amigos
Que al menos,
De vez en cuando,
Pasasen una pelota.
Si el cansancio y la derrota
No supiesen tan amargos.

Si fuesen poniendo luzes
En el camiño, a medida
Que el corazón se acobarda
Y los angeles de la guarda
Diesen señales de vida,
Quizas llegar a viejo
Seria mas razonable,
Mas apacible,
Mas transitable.

Ay...si la veterania
fuese un grado.
Si no se llegase huerfano
a ese trago.

Si tuviese mas ventajas
Y menos inconvenientes.
Si el alma se apasionase,
El cuerpo se alborotase,
Y las piernas respondiesen.

Y del pedazo de cielo
Reservado para cuando
Toca entregar el equipo,
Repartiesen anticipos
A los mas necesitados.

Quizas llegar a viejo
Seria todo un progreso,
Un buen remate,
Un final con beso.

En lugar de arriconarlos
en la historia.
Convertidos en fantasmas
con memoria.

Si no estuviese tan oscuro
A la vuelta de la esquina.
O simplemente si todos
Entendiesemos que todos
Llevamos un viejo encima.

Saturday, December 10, 2005

Poesia de Judas Isgorogota


VOCÊ

Você...
Você é tudo o que eu queria...
Tudo o que anseio que a ilusão me dê...
O meu sonho de amor de todo dia
Que nos meus olhos úmidos se lê...
Minha felicidade fugidia,
O meu sonho é você...
Você...
Você é a própria poesia
De tudo quanto em volta a mim se vê.
Se Deus quisesse dar-me certo dia
Tudo aquilo que eu quero que me dê,
Eu, sem pensar ao menos, pediria
Que me desse você!
Sonhos... glória imortal... seria um louco
Pedir tanta ilusão...
Não sei por que,
Mesmo a ventura, que possuo tão pouco,
E tudo o mais que a vida ainda me dê,
Fortuna... amor...tudo eu daria, tudo,
Por você!
É que você tem todos os venenos...
É que seus lábios têm um não sei quê...
Os olhos de você são dois morenos
Que andam fazendo à noite cangerê...
Por tudo isso, eu pediria, ao menos,
Um pedacinho de você!

Ônibus?!


As 10 Maiores Razões Pra Você Só Andar de Ônibus

1. É Socializante - Já que você convive com todo tipo de pessoas, as chances de esbarrar em alguém interessante ou levar um pisão no pé do grande amor da sua vida serão infinitamente maiores do que estando sozinho na solidão de seu carro.

2. É Excitante - Você poderá contemplar, apalpar e até mesmo encoxar alguns notáveis desbundes!O problema vai ser se alguém resolver estacionar atrás de você...

3. É Relaxante - Você não vai mais precisar se preocupar com aqueles detalhes chatos, como excesso de privacidade, ser abordado nos faróis, ter que ficar trocando o CD, não poder ficar de pé, não ter ninguém pra esbarrar etc.

4. É Saudável - Você vai poder sentir o ar puro e refrescante das ruas ao invés do ar fresco e condicionado do seu carro. Fique algumas horas no ponto esperando pelo seu ônibus e sentindo a brisa da manhã, os mais diversos desodorantes, o cheiro do povo e sinta a vida como ela é!

5. É Educativo - Você enriquecerá o seu intelecto ouvindo a s mais interessantes histórias, os mais inacreditáveis pontos de vista e assim chegará à surpreendente conclusão de que você é mais burro do que pensava!

6. É Aeróbico - Você exercitará seu corpo com viradas bruscas, curvas apertadas, alongamento pra puxar a cordinha, andará até o ponto de ônibus, ficará horas em pé durante o trajeto, e assim garantirá a sua malhação diária! Afinal, sentar a bunda no carro e ouvir o seu CD preferido é a causa de uma vida monótona e sedentária.

7. É Imprevisível - Há sempre uma expectativa de você, em meio ao aglomerado de pessoas, não conseguir descer no seu ponto e ter que andar alguns quilômetros a mais, conseguindo assim mudar seu itinerário! Diga não à rotina!

8. É Emocionante - Depois de fazer o mesmo trajeto por alguns anos,você poderá dizer que conhece melhor a sua cidade, podendo indicar ruas com mais precisão, saber onde fica cada lugar e nunca mais se perder, caso um dia tenha o azar de comprar um carro. Além disso, você ainda pode ser assaltado ou, com um pouco de sorte, virar refém e aparecer na TV!

9. É Terapêutico - Você perderá a timidez em pouco tempo, tendo que negociar lugar pra sentar, quem vai carregar a bolsa de quem, responder quando pisarem no seu pé, reclamar do troco errado e vai aprender, nessa terapia de grupo, que dois corpos podem ocupar o mesmo espaço! É só apertar um pouquinho!

10. É Enganador - Depois de avaliar esses motivos, você vai descobrir que tudo não passou de desculpas pra você se conformar com a realidade de que você ainda não conseguiu comprar um carro.

(Texto extraído de um blog cujo nome não lembro - mas sei que era muito interessante!)

Thursday, December 08, 2005

Receita da Dona Cacilda


RECEITA DA DONA CACILDA

Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo o dia às 8 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução. Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição
do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo duma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... espera mais um pouco...
- Isso não tem nada a ver, ela respondeu, Felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem... Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; isso é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo "treino" pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos. Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois me pediu para anotar:

*Receita da Dona Cacilda para se manter jovem:

01. Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.

02. Freqüente, de preferência, seus amigos alegres. Os "baixo-astral" puxam você para baixo.
03. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.

04. Curta coisas simples.

05. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego; ria para você mesma no espelho, ao acordar e que o sorriso seja sua última 'atitude' antes de dormir.

06. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO enquanto você viver e seja uma boa companhia para si mesmo.

07. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio, sua mente seu paraíso.

08. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a da maneira mais simples: caminhe, sorria, beba água, ore, veja comédias, leia piadas ou histórias de aventuras, romances. Se está abaixo desse nível e não consegue fazer nada por si mesmo, peça ajuda.

09. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, pegue carona numa calda de cometa; imagine os mais diversos objetos formados pelas nuvens no céu, mas evite as viagens ao passado, pois você pode ficar retido na estação errada. Escolha as lembranças que quer ter; não se deixe dominar por elas ou perderá o direito à escolha.

10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, e diga isso em todas as oportunidades, através do olhar, do toque, das palavras, das ações diárias e do carinho. Seja feliz com seu próprio sentimento e não exija retribuição; você terá, de graça, o que o outro sentir; nada mais, nada menos.

E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:

A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... De tanto amor... De tanto rir... De surpresa... De êxtase... De felicidade...
Fique Com Deus...

Sunday, December 04, 2005



RECEITA DE FRANGO COM WHISKY

Leiam com atenção o modo de preparar.

Ingredientes:
- 01 garrafa de whisky - do bom claro!
- 01 frango de aproximadamente 02 kg
- Sal, pimenta e cheiro verde a gosto
- 350 ml de azeite de oliva extra virgem
- 500 g de bacon em fatias
- Nozes moídas
Modo de preparar:
- pegue o frango
- beba um copo de whisky
- envolver o frango no bacon e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto.
Massageá-lo com azeite.
- pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos.
- Sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda.
- Colocar o frango em uma assadeira grande.
- Sirva-se de mais duas doses de whisky.
- Axustar o terbostato na marca 3, e debois de uns binte binutos, botar para assassinar ? digu: assar a ave.
- Derrubar uma dose de whisky depois de beia hora, formar a baertura e controlar asssadura do frango.
- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose sarada de whisky.
- Cozer... costurar... cozinhar... sei lá, dane-se o vrango.
- Deixáááá o filho da bãe no vorno por umas 4 horas.
- Tentar retirar o vrango do vorno.
- Mandar mais uma boa dose de whisky pra dentro de você, é claro.
- Tentar novamente tirar o sacana do vrango do vorno, porque na primeira
teenndadiiivam dããão deeeeuuuuuu.
- Begar o vrango que gaiu no jão e enxugar o filho da puta com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois, avinal, você nem gosssssssssta muito dessa bosta mesmo.

Wednesday, November 30, 2005

Receita da Vovó


Birth Controls Pills

A doctor that had been seeing an 80-year-old woman for most of her life finally retired.
At her next checkup, the new doctor told her to bring a list of all the medicines that had been prescribed for her.
As the young doctor was looking through these, his eyes grew wide
as he realized she had a prescription for birth control pills.
-"Mrs. Smith, do you realize these are BIRTH CONTROL pills?"
-"Yes, they help me sleep at night."
-"Mrs. Smith, I assure you there is absolutely NOTHING in these
that could possibly help you sleep!"
She reached out and patted the young Doctor's knee.
-"Yes, dear, I know that. But every morning, I grind one up and mix it
in the glass of orange juice that my 16 year old granddaughter drinks.
And believe me, it helps me sleep at night."

Monday, November 28, 2005

Sonho Feminino



Sonho feminino...

um deslumbrante vestido tomara que caia,
uma calcinha tomara que tirem,
um sutiã tomara que sustente,
um absorvente tomara que não vase,
uma meia tomara que não desfie,
uma celulite tomara que não percebam,
um salto alto tomara que eu não caia,
um novo namorado tomara que me ligue!

Friday, November 25, 2005

SE EU FOSSE VOCÊ...

Se eu fosse você

brigava com ele saía pelada

fazia arruaça pisava na bola

entrava de sola cortava o barato

falava rasgado rasgava o contrato

baixava um decreto cobrava pedágio

pulava esse muro virava essa mesa

soltava os cachorros armava um banzé

soprava a fogueira ficava uma fera

tacava pimenta criava um rebu

fazia pirraça tomava mais uma

ficava na boa pensava direito

botava uma pedra tentava esquecer

passava por cima tirava de letra

deixava pra lá partia pra outra

pegava essa estrada sumia do mapa

saía correndo ficava mais calma

mudava essa cara passava mais rímel

usava colírio não dava bandeira

fazia checkup pegava no sério

tocava um negócio abria um boteco

comprava uma casa deitava na cama

rolava na fama transava uma ioga

gozava essa vida matava essa aula

ligava essa trompa tirava essa roupa

entrava na dança botava mais fé

andava no vácuo voltava pra casa

mudava o canal não dava conselho

virava esse disco calava essa boca

fechava a matraca parava com isso.

por Sávio Grossi

Wednesday, November 23, 2005

DIARIO, de Luciana Elaiuy



Diário

Ontem passei o dia mascando um silêncio, despindo sorrisos, comendo alguns livros, tragando caminhões, paquerando um sofá, assistindo um céu roxo, cozinhando meus amigos, parindo um suspiro, compondo um telefonema, cutucando o futuro, trabalhando um repouso, sonegando paixões, presidindo formigas, transando com músicas, convencendo meus cabelos, dançando com o chão, pavimentando o ar, aconselhando ondas, vingando as calças apertadas, saboreando o leite derramado, cagando uma fofoca, arquitetando meus sapatos, fugindo do rei, convidando as idéias e celebrando as luzes da rua.
Mas eis que hoje, de tanto mascar, o meu silêncio perdeu o gosto e eu resolvi despir as calças apertadas, parir uma luz, celebrar meus amigos, vingar meu cabelo, dançar num céu roxo (e assistir), presidir o futuro, compor meu próprio chão, aconselhar os livros, arquitetar as ondas, paquerar o rei, pavimentar o repouso, trabalhar as idéias, tragar o ar, saborear paixões, transar os sorrisos, cutucar as formigas, convencer os caminhões, sonegar as fofocas, cagar para os telefonemas, comer um suspiro com leite, pisar no sofá com meus sapatos, convidar as músicas, cozinhar tudo isso e depois fugir.

Texto copiado do blog (excelente) de Tati Bernardi

PEÇONHA VIRTUAL por Helena Sthephanowitz


Peçonha virtual

Por HELENA STHEPHANOWITZ


Artur Virgílio é uma abominação. Um idiota, criado no seio de uma ridícula família burguesa, que se acha aristocrata só porque tem a falta de imaginação de repetir o mesmo nome há quatro gerações. É um cafajeste metido a refinado, que grita com mulher em público e acha aceitável ameaçar dar uma surra no Presidente da República. ACM Neto também é um boçalzinho, que nunca precisou trabalhar duro na vida, se elegeu deputado às custas do avô coronel. E que avô, hein? Fraudador de painel de votação do Congresso que, quando se viu prestes a perder o mandato, não honrou as calças que vestia e renunciou. Não vale um traque de José Dirceu. Pois é o netinho deste sujeito asqueroso quem se acha no direito de ameaçar publicamente o Presidente daRepública do Brasil, eleito com a maior votação da história. Queria ver ser macho pra ameaçar um dos generais ditadores que seu vovô tanto apoiava. Bravateiro, inconseqüente, arrogante, sem um pingo de compostura e decoro para exercer o cargo que exerce. A louca da Heloísa Helena, que acha que ser de esquerda é fazer esse triste papel de lavadora das privadas da direita, o qual vem exercendo há tempos, também achou bonito ameaçar de pancada o mandatário maior da nação. É claro que não foi levada a sério, pois além de mal poder com um gato morto pelo rabo, sempre teve fama de histérica e mal-amada, que faz da agressividade verbal exibicionista uma espécie de sexualidade alternativa. É uma piada ambulante, até naquele Congresso de bufões. O Brasil tem hoje a pior bancada na Câmara Federal de todos os tempos. Com raras e honrosas exceções, que só confirmam a regra. E também, salvo as raras e honrosas exceções confirmadoras, o Brasil tem hoje a pior imprensa que já teve desde que vendidos e golpistas como Carlos Lacerda e David Nasser bateram as botas. A começar pelas "estrelas" dos noticiários e programas de entrevistas.
Arnaldo Jabor é um cineasta fracassado, que cometeu três filmecos pornográficos, metidos a cult. Desistiu, felizmente, e quando pensávamos estar livres de sua falta de talento, eis que o monstro ressurge e resolve torrar nossa paciência de outro jeito: fingindo que está com encosto do Paulo Francis. Paulo Francis era um direitista doente. Mas, pelo menos era ele mesmo. Uma bosta de ele mesmo, vale lembrar. Agora, imagine um pastiche desta bosta? Acertou, é Arnaldo Jabor. Jô Soares é o filho único de um casal de grãfinos, criado no Copacabana Palace, e que nunca conseguiu superar a idade mental de doze anos. Tanto que não consegue fechar a boca e comer do jeito que um homem de sessenta anos deveria. Com barbas brancas na cara, continua se comportando como o garoto gordo que faz o papel de bobo da classe. Acha que é engraçado, quando está sendo apenas ridículo. Acha que é mais inteligente que todo mundo, quando só é arrogante. Assistiu um programinha mambembe de um entrevistador estadunidense, imitou em tudo, até no cenário, e com isso se sente no direito de humilhar seus entrevistados, seus músicos, sua equipe técnica e até sua platéia. Ou claque, melhor dizendo. Agora, decidiu que seu papel de deformador de opinião é fazer campanha declarada contra um governo que foi democraticamente eleito. Nas quartas-feiras, reúne no seu picadeiro um grupelho de peruas, todas na menopausa e se achando o máximo por serem debochadamente chamadas de"meninas". Cristiane Lobo ri com cara de idiota e concorda com tudo que o Gordo diz. Talvez com medo de perder o empreguinho global e ter de cobrir defunto de periferia na Record.
A pobre professora da USP , que deve estar por lá atrás de um mensalinho pra engordar seus honorários, tenta falar, mas, é sempre atropelada por Lúcia Hipólito. Aí sorri amarelo e deixa pra lá, com aquela cara de "tia" que entende a ignorância das criancinhas. Ana Paula, aquela mistura de loura do Tchan com foca de jornal de bairro, é tão competente que só conseguiu emprego mesmo no falido JB. Diz um monte de besteiras, sacode as bijuterias e faz caras e bocas pra câmera, talvez sonhando com um convite tardio para posar na Playboy. E tem a Lúcia Hipólito, a pior figura que já apareceu na telinha nos últimos tempos. É feia, é brega, é antipática, é arrogante, é mal educada, interrompe a fala das outras e ainda se acha a última coca-cola gelada do sertão. Parece a bruxa malvada das antigas histórias da Disney. É o estereótipo da perua de família rica que quer se afirmar como "intelectual" pra esnobar as amigas no chá das cinco. Apresenta-se como "cientista política". Como assim, "cientista"? Alguém já leu algum artigo científico desta senhora? Já discutiu seus livros em algum congresso? Já viu o currículo Lattes dela? Ela realiza suas pesquisas científicas em qual instituição? O que se sabe é que exerce função de jornalista e pelo que se intitula, sem ter a devida formação na área. Mas, acha que pode ditar regras sobre tudo. Solta batatas imperdoáveis até na boca de um estudante de primeiro período de sociologia. Como a da última quarta-feira, dia dois de novembro, quando disse quenão poderíamos ter escolhido Lula para "gerenciar" o Brasil, "pois ele nunca gerenciou nem mesmo um carrinho de pipocas". Claro que todo mundo que estudou "ciências políticas" sabe o quanto é importante a experiência gerencial de carrinhos de pipocas na carreira de um presidente da república, não é mesmo? Alguém precisa avisar à "cientista" que o cargo de Presidente da República é representativo e não gerencial. E que o Estado não é uma empresa. Tem relações sociais, econômicas e humanas bem mais complexas que uma padaria ou uma fábrica de automóveis. Não pressupõe a hierarquia existente em uma empresa. Não visa o lucro e não tem dono. Se agente fosse escolher Presidente, como se escolhe gerente, era melhor fazer concurso público em vez de eleição. A única das "meninas" que dizia coisa com coisa, a veterana jornalista Teresa Cruivinel, foi posta pra fora do programa, ou saiu de lá correndo para não pagar mais mico naquele festim idiota, que mais parece um fim de tarde na Daslu. E o que temos na mídia impressa? A revista VEJA. A revista VEJA merece um capítulo à parte, pois já deixou de ser uma publicação jornalística, pra embarcar no gênero ficcional com narrativa de literatura fantástica. Traz em suas páginas seres que só poderiam existir mesmo na ficção fantástica, como o Diogo Mainard. Eu até acredito em fadas, saci, duendes e fantasmas. Mas, não acredito que alguém como o Diogo Mainard possa existir de verdade. O pior é que, ao embarcar na literatura de ficção fantástica, a VEJA devia ter, pelo menos, treinado seus repórteres, distribuindo um exemplar de "Os Cavalinhos de Platiplanto", clássico do gênero, escrito por J.J.Veiga. A boa referência literária faria com que as criaturas, pelo menos, conseguissem imaginar uma historieta melhor do que esta de Fidel mandando ao Brasil dinheiro para financiar a campanha de Lula. E ainda escondido em caixas de uísque. Por que não caixas de charutos, que seria mais verossímil? Ou será que Fidel invadiu o Paraguai desde 2002 e a gente ainda não sabe?As outras publicações chafurdam num mar de jabaculês, sensacionalismo e ignorância. Nem escrever corretamente em português conseguem mais. Mas, é essa imprensa sem preparo e totalmente comprometida com as forças conservadoras que forma a opinião da classe média brasileira. A classe média brasileira que é tonta, idiota e tem péssima formação educacional. Quem chega a fazer faculdade, nunca mais lê um livro, depois que se forma. Quando lê, é auto-ajuda, escrita pelo Lair Ribeiro. Mesmo assim, essa turma acha que é bem informada às custas de VEJAS, ÉPOCAS, FOLHAS, GLOBOS e se sente elite, adotando as idéias e comportamentos da gentalha da mídia, que forma sua opinião. Já a elite de verdade é hipócrita, canalha, egoísta e cruel. Tem ódio de Lula, por ser mestiço, nordestino e pobre. Acha um insulto ser governada por ele e se pudesse já o teria tirado do poder na pontada baioneta, como fez com João Goulart, que nem pobre, nem nordestino era, apenas um moderado socialista. É uma elite pobre de cultura e formação, composta por quatrocentões decadentes, descendentes de degredados, que se julgam nobres e por emergentes ridículos, que se sentem quatrocentões. Uma elite ignara, que compra livros como se fossem azulejos, para decorar paredes. E é uma elite burra, que nunca leu Gilberto Freyre nem Adam Smith e não aprendeu que, até para poder continuar a habitar a casa grande, precisa deixar a senzala comer um pouco melhor. Não, Poeta Cazuza, eu não vou "pedir piedade para esta gente careta e covarde! Pelo menos esta noite, não." Estou mais é querendo que todos eles vão pro diabo que os carregue. Estou de saco cheio de tanta baixaria, mediocridade, autoritarismo, maucaratismo e violência real e simbólica. Estou de saco cheio de ver esses cretinos mentindo, enganando e manipulando pra não deixar que o sonho do povo se realize. Estou de saco cheio de ver a desfaçatez com que tentam convencer o povo de que ele sempre toma a decisão errada e que, por isso, é melhor não decidir mais e entregar o país pra que eles, os iluminados, governem. Estou de saco cheio de ver esse mesmo filme se repetindo nos últimos quarenta anos, desde que me entendo por gente: a elite canalha governando, mesmo que à força. A classe média pusilânime aplaudindo, e se sentindo representada, como se tivesse algum poder. E o povo, sofrido e conformado, "levando pedras como penitente" e sonhando com um Messias, que o virá salvar. Estou de saco cheio de ver o país dar um passo adiante e dez para trás, por que o progresso democrático contraria os interesses de meia dúzia de poderosos, cuja ganância é maior que o tempo que eles terão de vida para aproveitar o produto de sua perversidade. Estou de saco cheio de ver o único Governo em muitos anos que nos livrou do FMI, voltou a financiar moradias, criou um programa de segurança alimentar para atender os famintos, assumiu a liderança da América Latina e impôs respeito no mundo todo, ser execrado diariamente nos jornais, como se tivesse inventado a corrupção, a violência e todos os problemas que o país arrasta há quinhentos anos. Estou de saco cheio de saber que isso é preconceito, sim. É ódio de classe, sim. É desejo de manter privilégios inaceitáveis, sim. Pois quando o sociólogo da Sorbone quebrou o país três vezes, liquidou o patrimônio do país a preço de banana, sucateou o parque industrial do país com uma política monetária absurda, multiplicou a dívida externa comprou votos pela bagatela de duzentos mil para se reeleger, nunca mereceu da mídia o linchamento diário que vêm recebendo o Governo Lula e o PT. Nunca foi desrespeitado em plenário pela oposição da forma como o presidente Lula tem sido desrespeitado. Nunca foi ameaçado de pancada por um canalha, uma histérica e um herdeirozinho de quinta categoria. Estou de saco cheio de ver tanta injustiça, tanta mentira tanta cara-de-pau, tanta irresponsabilidade com o futuro do país, no esforço de criar uma crise que eles sabem que é hipócrita, falsa e eleitoreira, pois trata como novidade práticas seculares. E tudo isso em um momento que poderíamos estar aproveitando para crescer, promover o bem-estar do povo, afirmar nossa grandeza como nação pacífica e progressista diante do mundo. Eles não se importam em jogar na lata do lixo da história o futuro das nossas crianças, desde crianças, desde que possam trazer de volta ao poder o partido da compra de votos, da privataria, da dengue, da quebradeira e do apagão. Eles não pensam que, se interrompermos os projetos sociais que hoje assistem a mais de trinta milhões de brasileiros, estaremos fomentando ainda mais os bolsões de miséria, donde sairão os bandidos que matarão, seqüestrarão e roubarão a paz de seus filhos e netos. Essa gente dorme, meu Deus? Essa gente coloca a cabeça no travesseiro à noite e sonha com os anjos, sem ouvir a voz do Ministro Gil cantando insistentemente em seus ouvidos "gente estúpida, gente hipócrita"?
Se você está acostumado a ler meus textos, deve estar espantado e até indignado com a virulência e agressividade deste aqui. Deve estar também de saco cheio de me ver aqui a xingar e blasfemar por tantas linhas. Pois saiba que é exatamente assim que estou me sentindo, depois de passar seis meses sendo submetida a um bombardeio diário de baixarias e canalhices golpistas daqueles que querem única e exclusivamente o poder. Esse texto é um desabafo, uma vingança, um grito transbordante de quem está de saco cheio de agir corretamente, de respeitar os outros, de seguir as leis, a Ética, os bons modos, o politicamente correto e, olhando em volta, ver o triunfo dos canalhas sobre o homem de bem, do medo sobre a esperança, da covardia sobre a vontade de mudar pra melhor. É um gesto de legítima defesa, destes que acampanha do "NÃO" tanto nos convenceu ser um direito. O texto está ofensivo, grosseiro, chocante? Que bom! Era isso mesmo que eu queria. Que toda a bile que derramei aqui possa chegar até essa gente nefasta e provocar neles raiva, amargor, ódio, ressentimento. Palavras não matam, mas, ferem. Ficam ecoando na cabeça e infernizando a alma por muito tempo. Tomara que todos eles leiam. E tenham um mau dia. Uma péssima semana. E um mês pior ainda.

(Texto recebido por email)

Monday, November 21, 2005










Une composition française :
Sujet: "Abordez, de manière concise, les trois domaines suivants:
1) Religion
2) Sexualité
3) Mystère"
Une seule copie a reçu 20/20 !
La voici : "Mon Dieu ! Je suis enceinte ! Mais de qui ?"

Friday, November 18, 2005

Crônica de Marta Medeiros


Saudade nenhuma de mim
20 de dezembro de 2004


Volta e meia, crônicas, romances e poemas terminam com a indefectívelfrase: "Saudades de mim". Será que eu já escrevi isso alguma vez, que sinto saudades de mim?
Devo ter cometido, eu também, esta dramatização barata, somos todos reincidentes nos clichês. Mas, olha, sinceramente, não sinto, não.
Lembro de uma menina que se sentia uma estranha na sala de aula.
Que adorava tomar lanche nas Lojas Americanas do centro da cidade.
Que ficava esperando ser tirada pra dançar nas reuniões dançantes e quando acontecia, que êxtase! Na vez em que foi tirada pelo garoto de quem ela era a fim (e ele a apertou mais do que os bons modos permitiam), os pais da menina chegaram justo naquela hora para buscá-la, sua primeira grande frustração.
Lembro do primeiro beijo da menina, ela completamente nervosa. Lembro da menina já grande, em seu primeiro estágio, iniciando vida profissional. Lembro da menina agindo como adulta, indo morar fora do país.
Lembro da menina voltando, sem resquícios da menina que havia sido. Saudades dela? Afeto por ela. Saudades eu tenho de nada.
Não voltaria um único dia na minha vida, e lembranças boas é o que não me faltam. Não voltaria à infância - mesmo nunca mais tendo sentido tanto orgulho de mim quanto senti no dia em que ganhei minha primeira bicicleta sem rodinhas auxiliares, aos 6 anos, e saí pedalando sem ajuda, já no primeiro minuto, sem quedas no currículo.
Não voltaria à adolescência, quando fiz minhas primeiras viagens sozinha com as amigas e aprendi um pouquinho mais sobre quem eu era - e sobre quem eu não era. Não voltaria ao dia em que minhas filhas nasceram, que foram os dias mais felizes da minha vida, de uma felicidade inédita porque dali por diante haveria alguma mutilação na liberdade que eu tanto prezava - mas, por outro lado, experimentaria um amor que eu nem sonhava que podia ser tão intenso. Não voltaria ao dia de ontem - e ontem eu era mais jovem do que hoje, ontem eu era mais romântica do que hoje, ontem eu nem tinha pensado em escrever esta crônica, ontem faz mil anos.
Não tenho saudades de mim com menos celulite, não tenho saudades de mim mais sonhadora. Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi?
Não tenho saudades nem de um minuto atrás.Tudo o que eu fui prossegue em mim.

Thursday, November 17, 2005

ORGIA




ORGIA

Diria Camões à sua amada:
De vós senhora, é meu coração cativo
Em meu peito guardo vossa imagem serena.
Oh donzela de olhar distante e altivo
Meu coração por vós arde, meu corpo por vós pena.
Se um dia no meu leito vosso corpo reclinar
Quedar-me-ei admirando vossa forma e formosura.
Oh deuses! Cegue eu do outro olho se ousar profanar,
Vosso corpo, vosso encanto.
Oh divina criatura!

Diria Bocage a uma ex-donzela:
Eu, Bocage não seria, se ao ver-te seminua
Não levantasse tua saia, tuas rendas e teus folhos
Não montasse e cavalgasse tuas ancas
A minha espada desembainhada, entesoada.
Eu, Bocage não seria, se ao ver-te deitada no leito
Pernas abertas a preceito, não te tirasse virgindade e honra
E se no final da peleja donzela fosses, eu, Bocage,
Arrancaria não um olho!
Mas os tomates e a minha porra.

Florbela suspiraria pelo amado:
Ah vem…Espero-te deitada só de suspirar fico cansada
Sem fôlego, trémula, sem alento.
Meu amor, vem…
Mas vem depressa
Ou quando chegares estarei dormindo a sesta
E terás perdido ao vir, ou não.
O meu desejo, o ensejo, o momento.

Ary declamaria arrebatado: Meu amor.
Meu amor.Deitada não és certeza.
És espanto.
Amar-te não é arder em fogo brando
Mas soltar corpo, grito, pensamento.
Arder em fogos brandos é para parvos
E burgueses de desejo fraco, coisa mole e verso breve.
Contigo meu cavalo solto até ao orgasmo.
E me arrebento no teu corpo
E me revejo no teu espasmo.

E Pessoa questionar-se-ia:
Penso que te amo. Mas será que te amo?
Vou fumar um cigarro na esplanada
E pensar mais um bocado.
Amo-te?
Ou como poeta sou, finjo amor e amando-te não te amo?
Não sei! É melhor esperares deitada.
Digo-te lá mais para o fim da tarde.

(Não sei quem é o autor dessa preciosidade. Quem souber que me ajude!)

Amantes




Amantes

Qualquer dia, qualquer hora
A gente se encontra
Seja aonde for
Pra falar de amor
Qualquer dia, qualquer hora
A gente se encontra
Pra falar de amor
Seja aonde for
Pra matar a saudade
Da felicidade
Dos instantes que juntos passamos
E promessas juramos
Reviver os momentos
De sonho e de paixão
Das palavras loucas
Vindas do coração
Meu amor
Ah! se eu pudesse te abraçar agora
Poder parar o tempo nessa hora
Pra nunca mais eu ver você partir
Meu amor

Wednesday, November 16, 2005



Correr atrás de borboletas

(Mário Quintana)

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa,você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele (a) cara que você ama(ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem(a mulher) da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!